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TESTAMENTO DO CONDE DE CASTELO DE PAIVA

Como membro democraticamente eleito, para a Assembleia Municipal, analisei com cuidado todas as peças contabilísticas e relatórios que acompanham as Grandes Opções do Plano para 2023, para o Concelho de Castelo de Paiva.

Não vi um euro ou uma palavra escrita referente ao legado do 3º Conde de Castelo de Paiva, D. José de Arrochela. Não vi algo que nos pudesse referir aquilo que foram as conclusões do Grupo de Trabalho-Testamento do Conde e cujas sugestões ao Executivo foram aprovadas por unanimidade e com voto de louvor, nesta Assembleia.

Efetivamente no dia 28 de Outubro passado foi tomada uma decisão por este órgão, que considero histórica, pois foi aprovado por unanimidade, um relatório que reflete tudo aquilo que é o legado de Dom José de Arrochela, 3º Conde de Castelo de Paiva. As sugestões apresentadas ao Executivo Municipal, dão caminhos, orientações, de modo a que os superiores interesses do Município de Castelo de Paiva, como detentor dos bens de raiz da Casa e Quinta da Boavista sejam acautelados.

Sabemos que existe muito trabalho que o Município tem ainda a fazer, e que está versado no referido Relatório, mas há situações, propostas que apresentamos ao Executivo que não dependem desse trabalho, não dependem de nenhum processo judicial em curso e que podem ter a curto prazo um efeito muito positivo para os Paivenses, para Castelo de Paiva, para a região e para o País, que passa pela criação de um PARQUE URBANO na Quinta da Boavista.

Todos os eleitos representados na Assembleia Municipal, aprovamos POR UNANIMIDADE, a possibilidade de expropriação dos bens imóveis, permitirá ao Município obter a posse imediata dos artigos rústicos que integram a Quinta da Boavista.

É por isso que refiro aqui, que as medidas que garantam a imediata criação desse PARQUE URBANO, na Quinta da Boavista devem, na minha opinião, representar um verdadeiro PACTO DE REGIME entre os Paivenses, independentemente da sua origem partidária ou de qualquer discordância no passado.

0 Portugal 2030 é uma oportunidade de ouro, que exige que o município esteja preparado com a devida antecedência para poder submeter um projeto que seja uma referência internacional enquanto projeto paisagista e elemento de dinamização e atração do concelho de Castelo de Paiva.

Volto a referir que as conclusões do Grupo de Trabalho e a aprovação por unanimidade das mesmas, por deliberação da Assembleia Municipal, são ativos demasiado preciosos para serem desperdiçados, e nós todos como os representantes dos Paivenses, neste Órgão Autárquico, não temos margem para fugir às responsabilidades de um desafio, cuja sua não concretização ou adiamento não será perdoada pelas gerações futuras.

Um PACTO DE REGIME que garanta o futuro parque urbano na Quinta da Boavista será um dos grandes legados que a nossa geração de representantes eleitos poderá dar ao futuro da nossa terra e um incontornável reconhecimento a quem nos deixou esse legado e essa identidade histórica.

É a primeira vez na história de Castelo de Paiva e após a morte do último Conde de Castelo de Paiva que existe esta possibilidade. Nunca nenhum outro Executivo, de todos os que governaram a autarquia desde 1997 (inclusive), teve este oportunidade.

Amanhã poderá ser tarde

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