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CARTA ABERTA ao PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL de CASTELO DE PAIVA

Na gestão autárquica do Dr. Gonçalo Rocha, os Paivenses foram confrontados através dos microfones da rádio PAIVENSE com uma notícia que só apanhou despercebido quem não acompanhou de perto o processo disciplinar instaurado ao então arquiteto municipal, Osvaldo Gabriel, e o processo de alteração do Plano de Urbanização da Vila de Sobrado, levado a efeito pelo actual Executivo municipal.

Em relação ao processo disciplinar foram muitas as intervenções que eu fiz, em sede, de reuniões de Câmara e Assembleia Municipal, sendo que numa delas o Senhor Presidente da Câmara num ato menos próprio em democracia, abusou do poder e chamou a GNR para retirar do Salão Nobre dos Paços do Concelho o público que ali estava (onde eu me incluía), para assistirmos a uma reunião pública do Executivo Municipal, cometendo aí mais um atropelo à lei. A minha honra e dignidade foi altamente afetada, mas essa situação terá o tratamento adequado no sítio certo.

No que se refere ao processo de alteração do Plano de Urbanização a situação ainda é mais grave, e foi por mim detetada quando, a 17 de Maio de 2013, solicitei nos serviços, para consulta, o processo de alteração do Plano de Urbanização da Vila de Sobrado. Para além de muitas incongruências, apresentei por escrito e escrevi no livro de reclamações que me deram para o efeito, que a equipa técnica que tinha sido constituída não continha um arquiteto paisagista ou um arquiteto com experiência profissional. Assim, a 20 de Maio de 2013, fiz entrar nos serviços municipais uma queixa com a minha exposição, onde este facto atrás descrito também era mencionado.

Toda a gente sabe a trapalhada que foi este processo de alteração do Plano de Urbanização e os interesses que lhe estavam subjacentes. Recordo aqui as preocupações manifestadas por um membro da Assembleia Municipal, do Partido Socialista, em carta enviada ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal e datada de 2 de Agosto de 2013.

Esta alteração do Plano de Urbanização enferma assim, ainda hoje, de ilegalidades e omissões. No entanto, apesar de ser conhecedor de tudo isto, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal nada fez, e foi uma voz em silêncio.
O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, se não sabe, deveria saber, porque é público, que desde 2013 muitas são as situações judiciais que envolvem o Executivo Municipal liderado pelo Dr. Gonçalo Rocha.

E o que é que tem feito, aquele que deveria ser o mais defensor dos direitos e liberdades dos Munícipes paivenses?

O Presidente da Assembleia Municipal parece que só sabe falar dos Terrenos da Feira.

Senhor Presidente da Assembleia Municipal se até agora o seu silêncio tem sido uma característica dos seus mandatos, relembro que com a decisão do Procurador da República (Comarca de Aveiro – Ministério Público – Sta.M.Feira – DIAP – 1ª Secção), proferida a 7 de Junho de 2016 e que consta do Processo nº 92/14.5 TACPV (cópia em anexo), o Senhor Presidente da Assembleia Municipal não pode ficar calado, e tem de atuar.

Que me recorde é a primeira vez que um autarca em Castelo de Paiva é acusado de um crime de falsificação de documento.

E não estamos perante uma falsificação qualquer, este ato praticado, tem implicações num documento que a Assembleia Municipal aprovou, refiro-me à alteração do Plano de Urbanização, podendo levar á anulação da deliberação que o aprovou.

Que interesses terão levado o Vereador José Manuel Carvalho a praticar tal ato, pondo em causa instituições públicas, como a Câmara Municipal ?

Na Assembleia Municipal realizada a 25.6.2016, na freguesia de Real, e sobre esta matéria o Presidente da Assembleia Municipal procurou defender o indefensável.

O incrível acontece em Castelo de Paiva. Os Paivenses não podem ficar parados.

Castelo de Paiva, 5 de Julho de 2020

Paulo Ramalheira Teixeira
Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva de 1998 a 2009 Munícipe de Castelo de Paiva

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