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Os políticos suecos… e os portugueses

miguel santos

Hoje a imprensa internacional noticia que a ministra sueca da Educação, Aida Hadzialic, demitiu-se após ter sido apanhada a conduzir sobre o efeito do álcool. Foram apenas 0,2 miligramas de álcool no sangue mas a quantidade suficiente para ser considerado delito na Suécia.

Os princípios e o rigor dos políticos nórdicos ficam bem patentes nesta situação.

Por sua vez em Portugal, no dia 2 de Novembro de 2015, o jornal  Correio da Manhã, no seu website, noticiava que o deputado do PSD, Miguel Santos, tinha-se recusado submeter ao teste de alcoolemia depois de ter sido parado pela PSP quando seguia de moto, às 5 horas e 5 minutos da madrugada, na Avenida do Brasil, no Porto.

O argumento do deputado Miguel Santos para se recusar a fazer o teste do álcool foi segundo o agente da PSP a “ imunidade parlamentar “. Um deputado, que é jurista e está sentado na Assembleia da República onde é aprovada a legislação portuguesa, dizer isto só pode ser uma anedota.

Mas mais curioso ainda foi o facto do deputado Miguel Santos na mesma notícia ter dito “ Eu não tinha bebido álcool, aliás, nem bebo”. Então qual era o problema para fazer o teste da alcoolemia? Este senhor deve pensar que os portugueses são parvos.

Os princípios e o rigor de alguns políticos portugueses ficam bem patentes neste caso.

Perante esta notícia solicitei ao Ministério da Administração Interna a abertura de um inquérito para apuramento total dos factos até porque este caso poderá configurar vários crimes.

Entretanto fui informado pela Sr. Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que foi aberto um inquérito relativamente a este comportamento de Miguel Santos que corre agora termos no DIAP do Porto.

Na altura solicitei ao Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que retirasse de imediato a confiança política a Miguel Santos, demitindo-o de todos os cargos políticos que exercia, nomeadamente, as funções de vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, de director do jornal Povo Livre, de vice-presidente da Distrital do Porto do PSD e de presidente da concelhia do PSD de Valongo, sendo aberto de imediato um processo disciplinar com vista à expulsão de militante do Partido Social Democrata.

Porém Pedro Passos Coelho nada fez. Ou melhor Miguel Santos até foi reconduzido posteriormente nos cargos.

Espero que agora, com este exemplo da ministra sueca, Passos Coelho demita imediatamente Miguel Santos de todas as suas funções, abrindo um processo disciplinar com vista à sua expulsão do PSD, em nome da moralização da vida politica e pública e da saúde da nossa democracia.

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