Depois de ouvir atentamente a intervenção de Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, no Panteão Nacional, dei conta que foi por maioria, e não unanimidade, que a família de José Maria Eça de Queiroz, aceitou a transladação do corpo de Baião para Lisboa.
Num país altamente centralista e cada vez mais inclinado para o litoral, vejo neste acto mais um triste exemplo de lapidação do interior de Portugal.
A Casa de Tormes, em Baião e a Fundação que lhe está por trás, tinha s.m.o. na presença do corpo deste escritor e diplomata, mais um estímulo para fazer visitar Baião, um concelho do interior do país.
Fico com pena que o interior português tenha ficado mais pobre a partir desta semana.
Lisboa a capital que foi de um Império hoje completamente decadente procura através desta “lapidação” do interior português, reforçar a máxima “eu quero posso e mando”. Fico triste com esta situação e pergunto se não teria sido possível com a colocação de uma placa ou um busto invocativo ter-se feito a homenagem ao grande Eça, no Panteão.
Espero que agora não se lembrem, de levar por exemplo Agustina, e outros vultos da nossa história cujos restos mortais repousam no Norte, para o panteão nacional, monumento que como sabemos está na lista das chamadas “obras de Santa Engrácia”. Tenho dito.
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