O conceito mais comum para a designada internacionalização passa por uma empresa comercializar os seus produtos e serviços para além das fronteiras do seu próprio País, vendendo por isso para mercados externos.
Muitas vezes confunde-se internacionalizar com uma exportação pontual, com a venda para o exterior através de um agente, exportar por intermédio de uma filial da empresa no exterior, direcionar parte da produção para uma nova unidade num outro país, todavia e salvo melhor opinião, internacionalizar exige uma presença constante nos mercados internacionais.
Um processo de internacionalização pode ser uma oportunidade de ouro para uma empresa, desde que isso seja efectuado de uma forma estruturada e que se tenha algum domínio sobre as regras de jogo do mercado de destino. A exportação é uma actividade de médio a longo prazos.
No início de um processo de internacionalização é usual as empresas começarem de forma casual, participando normalmente em feiras internacionais.
E tudo tem de ser feito de uma forma metódica e organizada, começando talvez por três questões muito simples, que qualquer empresário deve fazer, a saber: aonde estou?, aonde quero ir ? Como vou lá chegar ? Uma vez compreendido o que é vender para o exterior e quando é a hora de se ir ao encontro do mesmo, torna-se necessário entender o que é estratégia e como ela pode auxiliar no planeamento da internacionalização de uma empresa.
Actualmente temos em vigor um novo Quadro Comunitário de incentivos, o denominado PORTUGAL 20-20.
E trago hoje aqui um exemplo de uma Associação que representa toda a fileira da madeira e do mobiliário, representando desse modo as empresas de serração, de painéis derivados, da carpintaria, do mobiliário, e da importação e exportação de madeiras.
A AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, fruto dos seus mais de 60 anos de experiência viu aprovada, uma candidatura pelo AICEP, no âmbito do programa COMPETE, para apoio a acções de internacionalização das empresas portugueses. Esta candidatura permitiu a presença de empresas portuguesas em feiras internacionais, a realização de missões empresariais, de road – shows nos cinco continentes, o apoio à visita de clientes externos às empresas nacionais, para além do apoio à elaboração de brochuras e catálogos para as empresas apresentarem os seus produtos.
Esta foi uma oportunidade de ouro para que as empresas directa e indirectamente ligadas ao sector da madeiras apostem na internacionalização das suas empresas e produtos. Refiro aqui o exemplo de uma metalomecânica, não é propriamente uma empresa do sector da madeira, que produza mobiliário de jardim, incorporando madeira por exemplo nos bancos, também poderá recorrer a este instrumento de apoio. As feiras internacionais contempladas foram as seguintes: na Alemanha, a DOMOTEX, nos EUA, a SURFACES, Las Vegas, na Suécia Stockholm Furniture, a Design Shangai, em Itália, a Tanexpo, na Argélia BATIMATEC, no Reino Unido, a Decorex International, nos Emirados Arabes Unidos, o Hotel Show Dubai, nos Estados Unidos da América, a High Point Market, na Índia, a Index Mumbai Outubro Mobiliário; na Alemanha, a Orgatec, e na Índia, a Acetech Mumbai.
Foi um passo importante para muitas das empresas. O caminho faz-se caminhando. Actualmente, as oportunidades continuam a existir, saibamos aproveitá-las.
O futuro começou ontem.
Paulo Ramalheira Teixeira