Blogue Insónias

Mercado Chinês: Uma oportunidade para as empresas nacionais

Evolução dos Bens importados e exportados

Evolução dos Bens importados e exportados

As empresas portuguesas exportadores associadas sobretudo ao sector agro-alimentar, aos bens de luxo, serviços e turismo poderão encontrar uma alternativa sólida no mercado chinês, à crise financeira angolana, ao embargo russo e à saturação das economias europeias. Apesar dos sinais de abrandamento do gigante asiático, as vendas do comércio retalhista cresceram 9% ao ano, desde de 2006. Este consumo encontra-se fortemente alavancado no crescimento do rendimento real da classe média, que nas grandes cidades atingiu os 8,6% em 2015 e no baixo nível de endividamento das famílias, que ronda os 40% do PIB, ou seja, metade da média dos países ocidentais. Para este boom na procura por novos produtos e serviços também contribui o aumento sustentado do salário mínimo, que cresceu desde 2001, mais de 300%, em termos reias. Além disso, as politicas do governo de Pequim tem como objectivo reduzir a dependência da economia do sector produtivo e da procura externa, reforçando a componente do consumo no PIB. Mesmo num cenário, em que o crescimento da economia abrandasse para os 5,5% ao ano, isso significaria, que o consumo aumentaria cerca de 2,3 mil milhões de euros, sustentado por uma classe média de 100 milhões de consumidores, ou seja, 30% da população urbana. Ao contrário do que seria expectável, uma componente significativa do aumento da procura concentra-se sobre produtos importados, o que se traduziu num aumento das receitas cobrados pela imposto de compras no exterior de 58% em 2016. Por último, a aposta na captação de turistas chineses poderá vir a ser extremamente lucrativa, uma vez que em média estes gastam por estadia mais de 600 euros, um valor três vezes superior, ao que os turistas americanos, Alemães e holandeses gastam no mercado nacional.

Gosto(2)Não Gosto(0)
Exit mobile version