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Voto obrigatório: por que não?

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Ontem Vasco Cordeiro e o PS ganharam as eleições regionais dos Açores, com maioria absoluta, porém apenas tiveram  43.000 votos que equivalem a 19% dos 228.000 eleitores.

Parece-me que governar sufragado por poucos votos pode ser muito perigoso para a democracia representativa.

Ontem praticamente 60% dos açorianos não exerceram o seu direito de voto.

A elevadíssima abstenção deveria deixar todos os partidos políticos muito preocupados, mas o passado tem mostrado que não. Porque será? Confesso que não tenho uma resposta, mas fica a ideia que esta situação pouco ou nada incomoda os políticos.  Por isso entendo que se os partidos nada fazem para travar o afastamento dos cidadãos da política deverão ser os cidadãos a iniciar este debate de forma a aproximar as pessoas da política.

O voto é obrigatório em países democráticos e desenvolvidos como são exemplo a Austrália, a Bélgica ou o Luxemburgo que sancionam pecuniariamente com multas pesadas os cidadãos que não votam.

Mas será que o voto obrigatório é anti-democrático? Serão estes países menos ” democráticos ” que o nosso País por sancionarem os eleitores que não votam? Penso que não.

Aliás parece-me que se os indivíduos mais ou menos cultos, pobres ou ricos, mais novos ou mais velhos, de direita ou de esquerda participassem todos nas eleições proporcionaria o cumprimento do desígnio da igualdade política.

Assim, desta forma, estariam salvaguardados os interesses de todos ao nível de uma efectiva representação, bem como na tomada das decisões políticas ou na implementação das políticas públicas.

Não será altura do nosso País, no seu todo, iniciar um processo de reflexão alargado sobre a possibilidade de tornar o voto obrigatório?

Penso que valeria a pensar nisto. Eu estou disponível para esta reflexão.

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