A rigidez é um dos aspectos mais intensos da nossa pós modernidade com o cirramento das identidades de grupo e negação da identidade individual. Hoje vivenciamos um mundo globalizado cheio de fundamentalismos, intolerâncias, com pouca criatividade, muita belicosidade, incapacidade de estabelecer diálogo entre ideologias e diferenças. O estranho, forasteiro , o divergente inimigo mortal. A ideia de fronteiras, espacialidade rediscutidos a exaustão nos estudos pós coloniais tentando imitar as velhas fronteiras que jamais deixaram de existir.
Velharias discursivas que em contra partida acirraram diferenças, fortalecimento da identidade de grupo em detrimento da identidade individual, muita Persona para pouco Ego. No universo virtual das ultimas décadas houve Alta exposição a culturas diferentes gerando maior aparecimento de resistências e acomodações cunhadas em um tradicionalismo com a negação de diferenças. Inaceitável permitido. O crescimento político de partidos fundamentalistas, a xenofobia , discursos nacionalistas e de ódio agregam este processo com a explosão de fundamentalismos patológicos e intolerância. Nosso mundo neo liberal chato e bélico que acentuou as diferenças econômicas apartando cada vez mais tudo que tenta incomodar até mesmo a própria consciência… e lá estava meu conhecido em sua lojinha de calçados com ar triste opaco sentado no banquinho de 20 anos atrás, redimensionando sua terceira margem do rio de Guimarães Rosa. tão igual nos vários lugares da existência.
Espaços, fronteiras demarcadas pelo estado psicológico da rigidez, são um fator neurótico acentuado base de muitas psicopatologias que vão de estresse a melancolia depressão e fobias evidenciando a cisão arquetípica da psique que em neurose não sai do lugar. O egoísmo brutalidade… e por que não a raiva de si próprio, apatia, acomodação, negação de processos criativos e inovação são elementos comuns de nossa pós modernidade. A neurose descrita por C. G. Jung comum nos dias atuais, evidencia a dificuldade de lidar com a criatividade e com o instinto de atividade, com a possibilidade de mudanças, e o ser da pós modernidade se fecha, e se incomoda em seu próprio comodismo.
Para que sair do lugar se podemos permanecer no mesmo banquinho de nossos bisavós?