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Sistema Bancário Europeu

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O sector bancário mundial tem vindo a sofrer inúmeras alterações desde do crash bolsista de 2008. Muitas bancos, acossados pelas avultadas perdas decorrentes do suprime, deixaram de investir em activos\empréstimos de risco e passaram a “viver” das comissões bancárias cobradas aos clientes, da gestão da carteira de fundos de investimentos “saudáveis” e das magras margens das taxas de juro. As fortes medidas regulatórias impostas pela Comissão Europeia e pelo Regulador Norte-Americano estão a apresentar impactos completamente diferentes no próprio sistema financeiro. Enquanto, as exigências de maiores rácios de capital está a obrigar a um processo de concentração do sistema bancário Europeu através de fusões e aquisições, nos EUA, pelo contrário, a tendência é a de uma maior desintegração do sistema financeiro, através da criação de pequenas instituições, para que possam mais facilmente escapar às exigências e restrições da Entidade reguladora e voltar a obter uma maior porção de investimentos de riscos (mais lucrativos) em carteira. Como se costuma dizer, no meio é que está a virtude, e segundo os dados disponibilizados, os bancos médios (possuem activos entre 1 e 50 mil milhões de euros) são aqueles que possuem maior rentabilidade e geram mais dividendos para os seus accionistas, uma vez que possuem escala suficiente para concederem financiamento a custos competitivos e margem para gerir uma carteira de investimentos diversificada. Com o encerramento e a concentração bancária, a União Europeia e os países periféricos poderão perder um importante instrumento de apoio e incentivo à economia ficando ainda mais reféns das orientações, interesses e politicais emanadas de Bruxelas.

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