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A D. Isabel dos Santos e os seus amuos

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Pelo que tenho lido em alguns posts no meu feed e, principalmente, no “Observador” (jornal que é pseudo-intelectual mas que está ao mesmo nível do Correio da Manhã), anda tudo cheio de receio da D. Isabel dos Santos.

A D. Isabel dos Santos está muito aborrecida com o decreto-lei já aprovado para o fim das blindagens dos estatutos na banca.

A D. Isabel dos Santos está muito aborrecida porque o Banco de Portugal (apesar de não estar definitivamente decidido) não lhe atribui o registo de idoneidade para ser administradora do BIC; Etc, etc, etc. Mas pior do que o mau humor demonstrado pela D. Isabel dos Santos são as reacções bacocas de alguns portugueses, habituadissimos a andarem de costas curvadas perante terceiros. Há um diplomata que diz: “Não sei se tem ou não idoneidade, mas é a segunda mulher mais rica de África e filha de um Presidente. Na perspectiva deles é uma ofensa ao país”.

Um outro diplomata vai ainda mais longe: “E se os angolanos se lembram de nacionalizar o BFA de um dia para o outro? Também voltaram atrás com as garantias de três mil milhões do BES”

Ou seja, temos que aceitar os amuos da D. Isabel dos Santos porque é uma “santa” ao ter comprado o BPN e salvo cerca de 1000 postos de trabalho. Um banco comprado por tuta e meia também eu salvava muita gente. Esquecem-se é que somos nós, contribuintes, a pagar os milhões investidos num banco privado repleto de prejuízos e fraudes bancárias.

O Banco de Portugal tem de atribuir o registo de idoneidade para ser administradora de um banco, apenas porque é filha de quem de um Presidente de uma República e é a 2ª mulher mais rica de África? Nós até somos Europeus……….

Corremos o risco de Angola nacionalizar o BFA? Talvez também Portugal possa nacionalizar os interesses económicos da D. Isabel dos Santos. Até porque já sabemos que eles não cumprem os seus compromissos como o fizeram com o BES.

A senhora investe em Portugal apenas porque tem lucro com isso, não é por ser a nossa segunda “Santa Isabel”. Nesta história não existe qualquer “milagre de rosas”. Poderá é existir é o “milagre dos euros”. Se a D. Isabel tem problemas com legislação que não a beneficie, tem um bom remédio: mude-se para o seu país! Nós também temos de aceitar legislação que não nos beneficia em nada (pelo contrário).

Os portugueses quando investem no estrangeiro têm de acatar a legislação nacional respectiva.

E, para terminar, em Portugal quem manda são os portugueses!!!”

Sarah Corsino

(a autora do texto não cumpre o novo Acordo Ortográfico)

 

 

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