Habituei-me há muitos anos a ouvir, a respeitar e a admirar o jornalista João Paulo Guerra. É um profissional de excelência com uma carreira longa, insuspeita e independente, que tem dignificado e enobrecido o jornalismo português.
Por isso enquanto cidadão que paga os seus impostos e ouvinte da rádio pública sinto-me indignado – sim, indignado, o Dr. Mário Soares dizia e bem que um cidadão tem direito à indignação – com esta decisão do CORTP composto por pessoas que, na minha humilde opinião não têm a mínima legitimidade, para colocar em causa o nome do João Paulo Guerra para o exercício do cargo de POSPR.
Será que o defeito de João Paulo Guerra é ser um grande profissional de rádio e pensar pela sua cabeça? Não sei, mas estou convicto que o tempo encarregar-se-á de dar a resposta.
Entretanto parece-me que, em nome da transparência, é obrigação do CORTP tornar públicas a votação e as razões que levaram ao chumbo do nome do João Paulo Guerra para o exercício do cargo Provedor do Ouvinte do Serviço Público de Radiodifusão. E isto é o mínimo que se pode exigir a um órgão que integra uma empresa pública como é a RTP.
Penso que os portugueses são credores destas explicações. Ficamos a aguardar!