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Segurança Social (Também somos um exemplo)

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Num estudo publicado recentemente pelos meios de comunicação americanos indicavam, que o “passivo a descoberto” da segurança social dos EUA, ou seja a diferença entre as contribuições dos actuais trabalhadores e as responsabilidades assumidas perante os pensionistas, registavam um saldo negativo de 75% do PIB, dos quais haveria ainda que acrescentar os saldos negativos do sistema de saúde pública medicare de 18% do PIB, e das pensões dos funcionários locais e estaduais na ordem dos 20% do PIB. Em situação igualmente aflitiva encontra-se o Reino Unido, que regista um défice entre contribuições e receitas para a segurança social próximo dos 66% do PIB. Além disso, em média um trabalhador com 30 anos terá de manter-se em actividade durante mais 7 anos ou poupar o dobro para auferir a mesma pensão e os mesmo níveis de rendimentos que a geração “baby boom” (reformada em 2008). Ambas as economias registam taxas de desemprego notavelmente baixas e níveis de crescimento económico relativamente robustos, tendo em conta os restantes países desenvolvidos. Infelizmente as organizações internacionais financeiras, como o FMI continua extremamente preocupados com a sustentabilidade da nossa segurança social, ainda que o sistema nacional seja excedentário e as responsabilidades futuras sejam facilmente salvaguardadas pelas transferências do orçamento de Estado. As reformas empreendidas pelo executivo socialista de José Sócrates e por Passos Coelho constituem um exemplo a nível internacional, da forma como se devem equilibrar as contas dos sistemas de segurança social, sem colocar em causa o seu papel redistributivo, integrador e de combate à pobreza e exclusão.

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