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A realidade oculta do Pleno Emprego

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Os nossos governos e a generalidade dos políticos defendem que a melhor forma de baixar os índices de pobreza, passa pela criação de emprego. Porém, por vezes a criação de emprego não se traduz na redução da pobreza, mesmo que este surja em países de rendimentos elevados. Neste aspecto o caso do Reino Unido é pragmático e um exemplo profundo que demonstra, o que se esconde por detrás de estatísticas de prosperidade e tempos de bonança. O Reino Unido possui actualmente uma das taxas de desemprego mais baixas do mundo, encontrando-se numa situação de pleno emprego. No entanto, seguindo os padrões tradicionais de cálculo da taxa de pobreza, que inclui todas as famílias com um rendimento inferior a 60% da mediana, após o pagamento de despesas com habitação, verifica-se que o número de pobre está a aumentar, com especial destaque para os indivíduos em idade activa e as crianças. Mesmo os casais, em que ambos possuem emprego a tempo inteiro, a taxa de pobreza, passou de 5% para 8%, durante a última década. Nas famílias com trabalhadores a part-time, o cenário é ainda mais dramático, estimando-se que cerca de 30% destes, vivam abaixo do limiar de pobreza.

Estes dados comprovam, que muitas vezes, a ilusão do crescimento do pib e do emprego é alcançado à custa de mais pobreza, da degradação das condições laborais e indigência. Mais do que procurar o a todo o custo pleno emprego, seria importante procurar melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

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