Um dos principais problemas do nosso Pais, senão mesmo o principal, é a inexistência de planeamento. As coisas acontecem e depois logo se vê. Vivemos num permanente experimentalismo.
A falta de planeamento, em regra, paga-se muito cara. Na vida, nas empresas, mas sobretudo ao nível da governação porque neste caso pagamos todos pela mesma medida.
E o problema dos incêndios em Portugal não foge a esta regra. É claramente também um problema de inexistência de um planeamento sério.
Sejamos intelectualmente honestos. O problema não é deste governo. É de todos, sem excepção, que o antecederam.
O governo e as autarquias locais não preparam a época dos incêndios durante o Inverno como não preparam a minimização dos efeitos das tempestades durante o Verão.
No fim quem sofre são sempre os mesmos – as populações – e quem lhes valhe nestes momentos de aflição são também os mesmos de sempre – os nossos soldados da paz – os bombeiros.
Um enorme bem-haja a todos os portugueses – populações e bombeiros – que resistem e lutam heroicamente contra este flagelo todos os Verões.