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Os mitos e a energia renovável

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A EDP veio anunciar com pompa e circunstância, que no dia 9 e 10 do passado mês de Maio o país foi alimentado única e exclusivamente por energias renováveis. No entanto, convém lembrar a doutas personalidades, que dada a intermitência da energia produzida, foi necessário manter a produção activa numa central termoeléctrica a carvão e numa central de gás a ciclo combinado. Neste sentido, os ganhos ambientais obtidos com as renováveis foram convenientemente dissipados, com as altamente ineficientes e poluentes centrais a carvão e gás natural (libertam metano, um gás 40 vezes mais perigoso para o ambiente que o CO2). Como o governo instituiu tarifas feed-in extremamente apetecíveis para incentivar o investimento em eólicas, criou-se um processo expansão da capacidade instalada muito acima da procura nacional, o que eleva os custos finais para o consumidor. Por outro lado, a energia gerada pelas eólicas foi subsidiada ou melhor paga pelos consumidores a um preço fixo de 100 €/MWH, embora a mesma excendentária tenha sido exportada para Espanha (por falta de procura) a menos de 10€/MWH. Para além de suportar as remunerações absurdas das eólicas, ainda estamos a financiar a energia consumida em Espanha. Este é um preço demasiado elevado a pagar pelas energia renovável sobretudo pela eólica, especialmente numa altura em que a tecnologia atingiu um nível de maturidade, que lhe permite competir em regime de mercado livre.

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