A minha família paterna é oriunda de Castelo de Paiva, tendo aí nascido o meu Avô, Ascendino Rodrigues Teixeira, sócio do Futebol Clube do Porto (FCP), n°11.941, quando nos deixou em 1976.
O meu Pai, José João Strecht Caldeira Teixeira, também ele natural de Sobrado, Castelo de Paiva veio com 5 anos viver com os pais para a cidade do Porto, freguesia de Massarelos e fez-se sócio do FCP. Ainda jovem e solteiro a sua primeira ligação ao FCP, deu-se como atleta de Hóquei Campo.
No início da década de setenta entra no clube como dirigente e foi Chefe de Secção do Atletismo, numa época em que a Aurora Cunha, José Sena, o João Campos, entre outros despontavam para o atletismo. Nesta altura Jorge Nuno Pinto da Costa entre também como chefe de secção do boxe.
No final da década de setenta é eleito Presidente da Associação de Andebol do Porto, indicado pela direcção do FCP (cumprindo os mandatos de 1978/79 e 79/80).
No início da década de oitenta e até ao seu falecimento, num acidente de automóvel, em 5 de Março de 1981, é membro da Direcção do FCP, então presidida pelo Dr. Américo Gomes de Sá. Nessa direcção o meu pai era Director do Judo e Halterofilismo.
Em toda a sua vivência no FCP o meu pai fez história por diversas vezes nas Assembleias Gerais do FCP que se realizavam inicialmente no pavilhão das Antas e depois no Pavilhão Dr. Américo de Sá.
Durante muitos anos o meu Pai fez parte da Comissão Pró — Sede. Tratava-se de um órgão do FCP que organizava as viagens de comboio para os adeptos acompanharem a equipe e obtinha receitas para construir nova sede. Recorde-se que até a Torre das Antas ser construída no final da década de noventa, os serviços do FCP funcionavam na arquibancada do Estádio das Antas e antes (final da década de setenta) na Praça do Município.
A sua urna foi coberta por uma bandeira do FCP, pois esse era o seu desejo, e foi trazida pela direcção do FCP que o acompanhou desde o Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho de Castelo de Paiva, onde era Presidente da Assembleia Municipal, até ao cemitério local, bandeira que no final da cerimónia me foi entregue.
Entre 1971 e 1974 frequentava eu a Escola Primária no Asilo Profissional do Terço, como aluno externo, e o meu pai inscreveu-me como praticante de ginástica no FCP. O ginásio do FCP funcionava num edifício alugado na Rua Alexandre Herculano, perto das Fontaínhas.
Após 1974 e ainda com dez anos os meus pais inscrevem-me na natação no FCP, passando mais tarde a praticar judo no mesmo clube.
Nos anos oitenta frequentei a ginástica no FCP, aí já a funcionar debaixo da
Arquibancada do Estádio das Antas.
Em 26 de Janeiro de 2001, nasce o meu primeiro filho, João Paulo. E como não podia deixar de fugir á regra com dois dias de idade foi inscrito sócio do FCP cumprindo assim uma tradição familiar, que já vai na terceira geração. A minha filha Leonor quarenta e oito horas depois de ter nascido, a 27 de Agosto de 2010 também já era sócia deste grandioso clube,
Quando o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa me fez o convite, em 10 de Abril de 2004, no dia do jogo FCP — Marítimo, para integrar a direcção do Clube para o triénio 2004/2007 foi com surpresa, mas também com muita honra que recebi e que aceitei o desafio.
Por tudo aquilo que ele fez pelo nosso Clube nas últimas duas décadas e como forma de um tributo á memória do meu saudoso pai, disponibilizei-me para contribuir, dentro das minhas possibilidades, para engrandecer cada vez mais o nosso FUTEBOL CLUBE DO PORTO.
Decorria o ano de 2009 e fui distinguido com o DRAGÃO DE OURO, Dirigente do Ano, numa cerimónia realizada pela primeira vez no Dragão Caixa, tendo recebido esta distinção das mãos do Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.
De Maio de 2010 até 2014, também fiz parte do Conselho de Filiais e Delegações do FCPorto.
Desde 2010, quer como membro efectivo, quer como membro suplente, faço parte do CONSELHO SUPERIOR do n nosso Clube.
Como SÓCIO e ADEPTO deste grandioso Clube, o meu clube de sempre que continua todos os dias a dar-me muitas alegrias.
O que se passa hoje na Avenida dos Aliados é impressionante, efectivamente só deve deixar indiferente aquele Senhor que durante doze anos fechou as portas do Município ao nosso Clube.
Obrigado Dr. Rui Moreira, o seu espírito democrático hoje teve o seu expoente máximo.
Ser PORTISTA É UMA PAIXÃO.
Paulo Ramalheira Teixeira