António Guterres, candidato ao cargo de secretário-geral da ONU, acabou há cerca de duas horas, a sua audição, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, perante os 195 países membros, num inovador processo escolha para o cargo.
Todos os candidatos vão passar pela Assembleia Geral da ONU para apresentarem as suas ideias e propostas e submeterem-se ao escrutínio de todos os Estados-Membros.
Neste inédito processo de selecção do secretário-geral participam as Nações Unidas, mas também, pela primeira vez, vão participar diversas organizações não-governamentais.
Após, todo este longo processo, a Assembleia Geral elegerá o próximo secretário-geral da ONU no último trimestre de 2016.
O proximo mandato obrigará a reformar o funcionamento da Organização das Nações Unidas e adaptá-la à realidade do século XXI. Um enorme desafio para quem vier a liderar a ONU nos próximos anos.
As novas exigências das funções do secretário-geral da ONU não se compadecem com a lógica do passado em que o cargo tem rodado entre as diversas regiões do mundo.
As Nações Unidas têm que escolher indiscutivelmente o cidadão mais bem preparado para enfrentar os importantes e difíceis desafios que se colocam ao mundo nos próximos tempos.
Estou convicto que Guterres é de longe o candidato melhor preparado para enfrentar e concretizar com sucesso estas exigentes mudanças.
A sua experiência que teve como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados será também uma mais valia para os tempos difíceis que se avizinham neste domínio.
Não sou socialista, mas acima de tudo gosto de pessoas. E gosto de António Guterres. É um humanista de excepção, de uma inteligência superior, um homem dialogante e culto, mas também um excelente ser humano.
Por todas estas razões gostava muito que António Guterres fosse o próximo secretário-geral da ONU.
Nao tenho duvidas que, se for a meritocracia a ditar a escolha, António Guterres será o eleito.