O PAN – Pessoas – Animais – Natureza é um partido que, conforme podemos consultar no seu site, defende a mudança do comportamento humano relativamente ao próprio ser humano, à natureza e aos animais. Para tal o PAN entende importante que se proceda a uma profunda reforma das mentalidades e dos factores culturais, sociais, políticos e económicos que as condicionam. O Partido pelos Animais e pela Natureza está na primeira linha do apoio a todas as iniciativas que visem melhorar as condições de vida dos seres humanos, em harmonia com a natureza.
As imagens que marcaram a primeira quinzena de Agosto são as de um país em chamas, com centenas de incêndios a lavrar de norte a sul, passando pela Madeira e pelos Açores e de uma manifesta incapacidade de resposta para fazer face a este cenário dantesco.
O dia 8 de Agosto ficará para a história dos incêndios no país. Apenas e só neste dia arderam mais de 79.000 hectares que ultrapassaram, em mais de 20.000 hectares, toda a área ardida durante os anos de 2014 e 2015.
Este ano também fica marcado pelo espaço ardido em áreas protegidas, com um aumento de cerca de 20% da área ardida.
Para além da perda dos bens materiais os incêndios são responsáveis pelas emissões das mais diversas partículas que degradam a qualidade do ar e da água das albufeiras e dos rios colocando em causa a qualidade da água para consumo público, bem como pela perda de muitas espécies protegidas que se reflectem na biodiversidade do nosso ecossistema.
Hoje o PAN tem representação parlamentar, decorrente da eleição de André Silva, nas últimas eleições legislativas.
No seguimento desta responsabilidade política acrescida esperava uma intervenção muito mais activa do PAN, perante este fenómeno brutal, que atingiu o país e as suas populações com uma presença no terreno na defesa da floresta, da biodiversidade e da natureza, com propostas efectivas no sentido de uma melhor e maior prevenção dos incêndios no futuro.
Mas não. Eu não vi o PAN no terreno junto das populações, eu não vi o PAN na defesa da floresta, bem como não vi o PAN a apresentar propostas para a prevenção deste flagelo que atingiu de forma violenta o património agrícola, florestal e natural do país.
Será que o PAN meteu férias no mês de Agosto e foram todos até à Africa de Sul para uma visita ao Kruger Park? Foi para isto que os portugueses elegeram um deputado do Partido que supostamente deveria estar na linha da frente na defesa dos Animais e da Natureza?
Estes são comportamentos que fazem os cidadãos descreditarem na política, mesmo nestes partidos recentes em que seria expectável uma atitude política diferente face a este tipo de circunstâncias.
Esperemos pelo regresso de férias do PAN e do que têm para dizer aos portugueses face ao flagelo que feriu de morte a floresta e a natureza.