Soares e Marcelo são apreciadores da vida. Ambos são homens interventivos e próximos das pessoas, mas não tenho dúvidas que Marcelo é mais genuíno e afectuoso.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem sido um claro defensor da estabilidade política que ajudou a instaurar um clima de confiança mesmo com os motores da geringonça a falharem em alguns momentos.
Porém entendo que o maior desafio que Marcelo tinha pela frente, nem era a geringonça, mas sim a transição do lugar de comentador para a função de presidente da República. E Marcelo fez esta passagem com distinção. Eu dava-lhe 20 valores. Nunca negou o seu passado. Nunca fugiu às questões essenciais. Marcelo fez esta transição de forma genuína conseguindo ganhar o apoio e o carinho da esmagadora maioria dos portugueses. Marcelo é o político português mais popular da história da nossa democracia.
O Presidente da República tem uma agenda muito pesada, em que é notória a sua preocupação em estar próximo das pessoas e das instituições. É o próprio Marcelo que assume que os seus colaboradores têm dificuldade em acompanhar o seu ritmo, por isso, os seus motoristas, seguranças e assessores trabalham por turnos.
A presidência da República, com Marcelo Rebelo de Sousa, tornou-se numa genuína “fábrica” de proximidade e de afectos.
Marcelo é mesmo único. Apetece-me dizer venham daí mais 9 anos!