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Alfinetada de Marcelo a Costa

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Na deslocação a França, o presidente da república e o primeiro-ministro decidiram visitar a selecção nacional proferindo, ambos um discurso de apoio e motivação aos nossos atletas. Durante o seu discurso, de forma oportuna ou oportunista, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a dar uma “alfinetada” no governo socialista, ao considera Costa um Híper optimista. Na situação, em particular o presidente da república referia-se ao desempenho em relação à selecção portuguesa, embora na verdade se tratasse pura e simplesmente de um novo alerta aos dados da execução orçamental e à necessidade de se implementarem medidas adicionais para cumprir as metas para o défice público. Apesar de apresentar um período inicial de estado de graça, em que Marcelo procurou posicionar-se ao lado do governo na maioria das questões, aos poucos, o presidente da república tem-se vindo a distanciar cuidadosamente do executivo de António Costa. Os recentes vetos aos diplomas relativos a temas fracturantes proposto pelo governo em parceria fundamentalmente com o Bloco de Esquerda evidenciam um crescente afastamento.

As pressões de Bruxelas relativamente ao cumprimento das metas orçamentais e dos partidos mais à esquerda para a aplicação de novas medidas que implicam aumento da despesa, associadas aos protestos de várias corporações como os colégios, ameaçam desgastar um governo já de si frágil. Com a situação externa a degradar-se rapidamente e a exigência de novas medidas de austeridade, poderão colocar António Costa numa situação particularmente difícil, a qual terá certamente um final preocupante, caso não consiga contar com o apoio do presidente da república. Como diria Churchill “este não é o princípio do Fim, mas sim o fim do princípio” de uma nova crise politica.

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim, contacto: 912621217 Nº 13751679

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