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O mapa da corrupção no mundo

A Transparency International (TI) é uma ONG que se dedica há 27 anos a estudar a evolução do fenómeno da corrupção, em 178 países do Mundo, tendo por base os níveis de percepção da corrupção na administração pública.

Após uma análise dos dados tornados públicos pela TI verifica-se que os países do Norte da Europa, conjuntamente com a Nova Zelândia, lideram destacados o índice da Transparência Internacional. Por sua vez os países africanos continuam a ocupar os últimos lugares desta tabela.

Por exemplo em Angola – que ocupa a posição 164 – a luta contra a corrupção é um dos assuntos que está na ordem do dia, sendo que será um tema que marcará as próximas eleições presidenciais que elegerão o sucessor de José Eduardo dos Santos.  Por sua vez no Brasil – que está no lugar 79 – o caso “Lava Jato” continua a marcar actualidade política brasileira tendo levado mesmo, no ano passado, ao impeachment da presidente Dilma Roussef que foi substituída por Michel Temer também ele envolvido em diversos escândalos de corrupção. No lugar 79 está também a China que tem tentado ser mais incisiva no combate à corrupção, mas com muito poucos resultados visíveis, até porque a sua população está muito pouco sensibilizada para estas questões. Estes três países obtêm resultados inferiores a 50 pontos o que os coloca abaixo do meio da tabela mundial.

Por sua vez os Estados Unidos da América ocupam o 18º lugar da tabela da TI. O nosso País ocupa o lugar 29, com 62 pontos, que evidencia uma estabilidade nos últimos cinco anos que é acompanhada pela tendência europeia. Porém a TI deixa um alerta que esta situação não mostra melhorias no combate à corrupção, bem pelo contrário. Estes dados vêm exactamente de encontro à realidade com que o nosso país tem-se debatido nos últimos anos.

A corrupção continua a ser o maior “imposto” que os portugueses pagam todos os dias. Nesta área a legislação é frágil, não fosse ela feita e aprovada pelos políticos na Assembleia da República. Por isso mais do que nunca é necessário um amplo debate nacional sobre esta temática para que sejam apresentadas medidas adequadas e facultados meios à Justiça para combater efectivamente este “cancro” que mina todos os dias a nossa democracia.

Paulo Vieira da Silva

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