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A “fibra” dos líderes partidários

Os partidos políticos são as principais instituições de uma democracia. Quanto maior for a sua vitalidade, mais dinâmica e pojante será a comunidade em que se integrem. A vitalidade partidária resulta em grande parte das características e atributos dos seus líderes, porém nem sempre os partidos escolhem lideres com os melhores atributos e competências para atingirem os objetivos a que se propõem.

De entre as características e atributos que um líder partidário possa apresentar, por forma a que os partidos de uma sociedade possam contribuir para a promoção do desenvolvimento económico e social, destaco três que me parecem fundamentais: determinação, persistência e capacidade para ler o futuro.

Os principais partidos da democracia portuguesa já tiveram líderes carismáticos, que demonstram possuir estas características e sobre as suas lideranças floresceram e Portugal evoluiu. Lembro o PCP com Álvaro Cunhal, o PPD com Sá Carneiro ou Cavaco Silva, o PS com Mário Soares e o PP com Paulo Portas.

A democracia portuguesa tal como a grande maioria das democracias europeias está a passar por uma crise de dinâmica partidária, ou melhor de lideranças partidárias.

Não tenho duvidas que 2016 e 2017 serão anos que nos mostrarão muito a este respeito, principalmente ao nível dos dois principais partidos portugueses. António Costa e Passos Coelho terão oportunidade de demonstrar se são determinados, persistentes e possuidores de boa capacidade para ler o futuro ou pura e simplesmente compulsiva e obsessivamente teimosos.

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